
PC Farias, ex-tesoureiro de Fernando Collor, foi figura central nos escândalos que
derrubaram o então presidente no impeachment. Foi encontrado morto, ao lado de Suzana Marcolino, sua namorada, em junho de 1996.

Elma e PC Farias
Paulo e Ingrid, os filhos.
Elma, ex-mulher de PC Farias, disse em entrevista que seu marido não agia sozinho que Collor era o “chefe maior”. Morreu de infarto em 1994.


PC Farias foi a personalidade-chave no escândalo de corrupção conhecido como “esquema PC”, que levou ao primeiro processo de impeachment de um presidente do Brasil, em 1992. O esquema PC arrecadou o equivalente a US$ 8 milhões de empresários privados, equivalente a R$ 30 milhões em 2015, em dois anos e meio do governo Collor (1990-1992). Além disso, o esquema, que contou com envolvimento direto do presidente, daí seu impeachment, movimentou mais de US$ 1 bilhão dos cofres públicos. PC Farias foi encontrado morto, junto com sua namorada Suzana Marcolino, na praia de Guaxuma, em 1996. Investigações do legista Badan Palhares deram como resultado que Suzana Marcolino matou PC Farias e suicidou-se em seguida. O caso é considerado oficialmente apenas como um crime passional, mas para o médico-legista alagoano George Sanguinetti e o perito criminal Ricardo Molina de Figueiredo, o casal foi assassinado.

George Sanguinetti não bebia água nem aceitava cafezinhos fora de casa. Poderiam estar envenenados. Um dos mais conhecidos e polêmicos personagens ligados ao caso PC Farias, o professor de medicina legal e coronel reformado da PM vivia preocupado com a própria segurança. Ao longo de oito anos, recebeu proteção de agentes da Polícia Federal por defender uma tese: na madrugada de 23 de junho de 1996, Suzana Marcolino não matou o namorado, Paulo César Farias, e depois se suicidou numa casa de praia de Maceió, como se divulgara. Eles foram executados por um profissional.

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